quarta-feira, maio 31, 2006o6: BLOC PARY confirmados para Paredes de Coura (como já se havia suspeitado por estes lados)! Nem sei se se pode pedir mais... Ainda há dúvidas?Alexandre 17:35
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sábado, maio 27, 2006Yann TiersenAqui fica a crítica que o Bodyspace.net (um dos melhores blogs portugueses de música alternativa) fez ao concerto, de passado sábado em Famalicão, e que descreve, melhor que eu, os respectivos acontecimentos e respectivas emoções que por ali ocorreram. Cliquem aqui. PL 00:16
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segunda-feira, maio 22, 2006Eu peço desculpa, mas......Isis! Know them, love them... "The Beginning and the End" do álbum Oceanic (perdoem-me, mas carreguem no link acima e procurem ouvir a música "Carry" ao vivo, a melhor música do mundo neste preciso momento!) PL 01:56
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Yann Tiersen, Casa das Artes (Famalicão), 20-05-2006 Tendo adiado os concertos agendados de Dezembro para este mês de Maio, o mínimo que se esperava deste concerto era a lotação esgotada. E assim foi. A (excelente) Casa das Artes em Famalicão não deixou respirar nem um lugar vazio no auditório municipal. Desde simples curiosos até fãs do instrumentista francês, desde os mais novos aos mais velhos, ninguém quis deixar de assistir àquele que é muito provavelmente o mais mediático músico francês do novo século. Ao lançar Les Retrouvailles, o seu mais recente álbum, em 2005, Yann Tiersen tinha já deixado o recado de que quereria explorar-se a si mesmo, em busca de sonoridades que o surpreendam. Foi essa mesma intenção de experimentar, o cruzar de novas fronteiras que pudemos encontrar na noite de ontem. Para quem esperava um concerto a viver das valsas de acordeão ou das baladas ao piano, não lhes estará alheia alguma frustração. Yann Tiersen passou pouquíssimo tempo agarrado ao acordeão e ao piano, baseando praticamente todo o seu concerto na força e energia das guitarras e do violino. O músico francês revelou-se, poder-se-á dizer, mais enquanto músico de banda rock do que como compositor de world music/música popular. A transformação de muita música mais naïf de Yann Tiersen como a das bandas-sonoras que compôs, em músicas mais guitar based, pode talvez, ser apontado como o único desconforto daquela noite. É que, em relação ao concerto propriamente dito, a palavra perfeição já conheceu dias mais distantes. Num ambiente completamente intimista, assistimos quase a um encontro Yann Tiersen meets experimental/ambiental rock, onde toda a variedade de instrumentos era válida. Desde berbequins a tocar guitarra, serras, xilofone, passando ainda pela presença de mais quatro músicos em palco (guitarraista, baixista, teclista e baterista), e ainda uma espécie de piano minúsculos, tocados de joelhos. O francês mostra porque é, sem dúvida, um multi-instrumentista por excelência e com a humildade e entrega demonstrada em palco, tornou aquele que poderia ser um concerto estranho, num concerto verdadeiramente memorável. Arriscando o facto de não integrar no seu set, as músicas do agrado do público em geral e, ainda assim ser ovacionado de pé durante largos minutos, Yann Tiersen proporcionou um espectáculo para a vida. A repetir o mais rapidamente possível! caso estejam interessados em ouvir excertos do tipo de sonoridade que Yann Tiersen apresentou ontem, cliquem aqui. PL 00:21
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domingo, maio 21, 2006Coura 06: o melhor festival português tem já alguns nomes confirmados e, pelo andar da coisa, vai continuar a deixar os outros a léguas de distância. Morrissey, Fischerspooner, Bauhaus, Yeah Yeah Yeahs, White Rose Movement, !!! (2ª vez consecutiva depois do grande espetáculo do ano passado), Broken Social Scene e Shout Out Louds são para já os confirmados. Confirma-se assim o carácter especial deste festival que não se fica por nomes consagrados e que já chateiam toda a gente e aposta no alternativo, naquilo que, por ser tão bom e não tão imediato, fica muitas vezes longe dos nossos ouvidos e do nosso país. Fala-se muito dos Bloc Party para esta edição de Coura o que, a ser confirmado, poderia ser uma actuação histórica tendo em conta o tipo de festival e de festivaleiros que se encontram em Paredes de Coura. Acredito que haverão algumas surpresas nas próximas semanas e, com alguma sorte, mais concertos históricos poderão ser vistos por lá... É só esperar.P.S.: Quanto à cena anterior: os Lordi até soaram razoáveis no meio daquela alarvidade toda que é a eurovisão e a eurovisão comentada pelo eládio mas, tanto um como outro, podiam muito bem pedir a reforma e o eládio clímaco (que aposto ontem cortou 3 pulsos e chorou toda a noite agarrado a uma k7 do José Cid depois dos seus intoleráveis, estúpidos, reaccionários, atrasados e conservadores comentários durante o concurso) devia era dedicar-se a ver os vídeos dos festivais de há 30 anos enquanto mastiga amendoins no sofá. Alexandre 23:02
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E a Eurovisão nunca mais será a mesma... Os Lordi ganharam ontem o Festival da Eurovisão! A banda finlandesa de metal/hard-rock que tinha como lema "Vamos mudar a Eurovisão de vez", assumia-se como um concorrente à parte num espectáculo completamente dominado pela pop plastificada a que tanto nos habituaram este género de concursos. Eram aliás, dos poucos concorrentes presentes que haviam composto a sua própria música e escrito a sua própria letra. Para desagrado de muitos, incluindo do sr.Eládio Clímaco, os Lordi estabeleceram um novo recorde de pontuação nestes festivais deixando o segundo classificado a mais de 40 pontos de distância. A comentários preconceituosos como "pronto, não há nada a fazer! São os monstros não interessa nem as musicas nem sei lá o quê, é uma canção para ser vista" juntaram-se a censura (no Chipre, durante a actuação dos Lordi, foi cortada a imagem pela televisão nacional) e ainda os pedidos de intervenção de fanáticos religiosos à Presidente Tarja Halonen para que não deixasse a banda representar o país. É também altura de repensar a música no nosso país, principalmente quando a televisão pública tem a prepotência de tratar os portugueses como idiotas ao fazer-nos representar por uma girls-band enterrada nesse enorme caixote do lixo musical. Até porque os países mais desenvolvidos e com uma maior sensibilidade a nível musical, acabaram por votar nos Lordi. Falo da Suécia, do Reino Unido, França.... Já no final da transmissão, e na sequência da vitória e em plena conferência de imprensa, o vocalista Mr.Lordi afirmou tratar-se da música rock e da "open mindness". Disse ainda ser uma prova de que existem fãs de mais e diversos estilos de música para além da pop e de baladas. Eurovisão 2006, a transmissão em directo enrabanço desse monstro da imbecilidade que é Eládio Clímaco. Viva o metal! Viva a música! ----------------------------------------------------------- Edit: no meio disto tudo, esqueci-me de dizer que não acompanhei a transmissão em directo pelo "simples" facto de me ter deslocado à Casa das Artes (Famalicão) para assistir ao concerto do senhor Yann Tiersen de quem falarei mais tarde.
PL 15:30
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quinta-feira, maio 18, 2006E rechacemos a Queima
Terminada a semana mais, não diria insana, mas pelo mais animada da vida académica da cidade do Porto, a parte à qual nos toca reflectir, cá está. Por muito grande que seja o interesse de qualquer um na vertente musical da "Queima", chega a ser eticamente impossível assistir a todos os concertos para o quais estamos aptos (a nível de posse de bilhetes). Estando a minha pessoa na posse de um dos míticos "passses-queima", e ainda tendo a possibilidade de ver todos eles, acontece que a qualidade e género musical não me atraíam particularmente. Assim sendo, não só perdi (graças a deus) os concertos de Expensive Soul e GNR, como também os de Boss AC, Fingertips, Melanie C e Yellow W Van. Ainda bem. Segunda-Feira: Orishas em palco, saltos, batuques, barulho... o público a arrefecer. Concerto desinteressante a dar a ideia que este trio são apenas mais do mesmo, música após música. Terça-Feira: Quim Barreiros com a chunguice do costume, a simpatia do costume, e a recepção do costume. Por muito que não se goste do homem, o Quim é Quim. Já Herman José, foi apenas mais uma tentativa frustrada de criar um novo objecto de culto da Queima. As canções não sobrevivem mais de 15 segundos, e apenas não é recebido com o silêncio porque vive sob a capa do humorista e das piadas intervalares entre canções. Não foi um martírio, mas foi muito medíocre. Quarta-Feira: O melhor dia para a música. Se os Blind Zero deram o espectáculo do costume, o rock ora melancólico ora mais mexido, já Jorge Palma revelou-se o melhor concerto de toda a "Queima 2006". Jorge Palma, "o maior poeta português vivo" como disse Miguel Guedes, conserva ainda a genialidade e a intensidade de outros tempos. Grandes canções, grandes músicas e grande espírito na pessoa daquele que ainda olha a música e a vive como ela deve ser encarada: como uma arte. "O" ponto alto. Sexta-Feira: 5 minutos de Fingertips, 1 minuto de Melanie C. Não! Sábado: Resumindo: Xutos. O concerto do costume, contagiante e os hinos da banda. Competentes como sempre. Como no post anterior, reitero a falta de sensibilidade na escolha de bandas e acima de tudo a falta de arrojo, o medo de arriscar. Porquê mais do mesmo? Destaque ainda para a grande e genialíssima Tenda Jazz, onde se passaram os melhores momentos de toda a "Queima". Trio Pé Descalço a dar grande concerto com grande música "Ang Lee no País das Maravilhas". A subtileza do som, os puffs, o bom ambiente. Um mundo dentro dum mundo como é o da Queima. PL 15:50
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sábado, maio 06, 2006Apenas mais uma... ...Queima das Fitas. Mais uma edição e as coisas continuam na mesma. As mesmas bandas, os mesmos artistas. o mesmo folclore. Que os arraiais lá da aldeia continuem iguais a si mesmos, ainda se compreende, agora que o "festival" dos estudantes para os estudantes continue a navegar na mediocridade e na ignorância musical é que já não. Numa era e num mundo em que cada vez mais jovens se insurgem contra a plastificação da arte musical, os seus intentos são afundados logo na primeira oportunidade por uma secção cultural da FAP com falta de visão e com falta de arrojo. Temos pena, é mais do mesmo.
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