quarta-feira, dezembro 29, 2004
2004: com este título até parece que vou fazer uma daquelas retrospectivas chatas e mesmo entediantes que nunca mais acabam. Nada disso. Só vou mesmo escrever que este ano foi mto bom em termos musicais (essencialmente no que diz respeito à tantas vezes apelidada "morta" música portuguesa). A portuguesa está ao nível da outra e nada do que se escrever ou disser vai mudar isso. Quem gosta ouve, quem não ouve pensa que está mal. A não-portuguesa tem de tudo. Como sempre houve bom e mau. Não vou fazer enumerações (tenho muito mais que fazer) porque quem esteve atento sabe distinguir umas e outras. Fora do âmbito musical é que o ano foi para esquecer. Nem vou falar do presidente americano, nem do primeiro-ministro-por-6-meses-português, nemdo 11 de Março, nem do desastre actual do sudeste asiático, nem da situação económica do país, nem das obras do metro do porto, nem do excesso de estádios construídos para o sonho euro2004. Nada disso. Ups, já falei! Mas não muito. Quanto ao resto que foi acontecendo aqui e acolá, pensem nisso, critiquem, e escrevam o que acham aqui na zona dos comentários a este post. Todos sabemos o que foi bem e o que foi mal? Também sabemos. Mas é isso importa mudar. See ya!
Alexandre 01:23
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terça-feira, dezembro 28, 2004
Ventos e Marés: em tempos em que se fala tanto de crise neste rectângulo enfadonho e cinzento, em que até o governo está desempregado, onde se fazem cambalhotas económicas para agradar aos ricquinhos de Bruxelas à custa dos pobrezitos e tristonhos portuguesitos e onde a classe alta parece ser, sem excepção, toda corrupta, cabe-nos deixar de pensar nestas merdas malcheirosas, pelo menos até fevereiro e às legislativas, e tentar de alguma forma ajudar a Ásia ferida. Em tempos em que a terra se transformou em mar o pouco que podemos fazer ajuda sempre alguma coisa. Aqui a sala de chuto dedica duas canções, dois pedacinhos de arte, de sentimentos e emoções, ao estado actual das coisas, ao inevitável caos actual (e não falo apenas das situações anteriormente referidas). Costumo dizer "Tá tudo tolo!". Mas acho que estamos bem pior que isso! Há uns anos (20, 30 ou mesmo 40) as velhinhas tremiam e urinavam de medo quando viam um hippie, um metaleiro cabeudo ou um punk colorido. Agora assustam-se (até eu me assusto) muito mais com um qualquer tipo de fatinho, gravata vemelha e sapato engraxadito (há já algum tempo que o mundo gira ao contrário mas, por muito que eu repita isto, ninguém parece acreditar em mim!). Ora bem, os tais pedacinhos de arte que dedicamos ao mundo são, nem mais nem menos, Like Spinning Plates (preferencialmente a versão ao vivo por ser mais "tocante") e Pyramid Song, ambas dos enormes Radiohead. Não sendo músicas recentes (fazem parte de Amnesiac, 2001) espelham bem a tolice que vai por aí. Deixamos as sugestões a pairar por aqui. Se por acaso forem curiosos, ouçam-nas. Vão-se arrepender! Ciao...
Alexandre 23:37
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quinta-feira, dezembro 23, 2004
Josh, the great: isto já foi na sexta-feira passada mas irá permandecer na minha (afectada e perturbada) mente durante muito, muito tempo! Sabia que o josh iria actuar sem a banda e até pensei duas vezes em ve-lo quando soube de tal notícia, mas fui até à alfândega na passada sexta e foi simplesmente genial... Não há muito para dizer, nada mais que genial! Sozinho (desta vez nem o amigo teclista de Paredes de Coura apareceu), ou melhor, sozinho não! Estava lá a guitarra acústica. Só uma, nada de complicações! E o duo josh-guitarra fez arte, afinal é isso mesmo que a música é (ou deveria ser)! Melodias simples, calmas, cantarolávei e geniais, que várias vezes foram entoadas por toda a assistência daquela sala, que, de tão alta que é, proporciona um efeito de eco, de hall... É normal nos concertos haver picos de performance e de resposta positiva por parte do público mas neste não houve nada disso. Ou se houve foi um pico do início até ao final, até ao segundo encore em que o artista veio até à plateia e esteve a um metro dos indulgentes... Em coura foi fantástico, no Porto foi !! (espaço branco = sem palavras - para os que devem uns favores ao QI).
Antes do grande actuou também Nuno Prata, ex-violeta, e foi uma meia-hora bem passada. Muita simplicidade, tal como a noite pedia, mas também ritmo e melodias corriqueiras. Um artista que, vê-se, só podia ter saído dos ornatos-all stars.
Alexandre 00:12
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terça-feira, dezembro 14, 2004
Depois da tempestade de Coura: é isso mesmo. tempestade. mas a tempestade de paredes foi mesmo só de chuva, frio e lama no chão porque o concerto do Josh, mais conhecido por Josh Rouse, foi a bonança e aquilo que por lá foi consegeguindo afastar a chuva. Depois de o ver na primeira fila, com um impermeável até aos pés e chapéu quase anti-chuva na tola vou revê-lo esta sexta dia 17 na Alfândega aqui no Porto. Só espero que o telhado não abata e seja um coura húmido parte 2! Só espero isso mesmo porque tenho a certeza que o concerto vai ser tão bom ou melhor que o anterior. Josh in da (H)ouse, thatz cool!!
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