quinta-feira, abril 29, 2004
All in the head: há quem pense que os génios são apenas e só aqueles que criam algo que se destaca sobremaneira da habitual formatação cultural. Mas não se pode reduzir um génio a uma dimensão tão humilde. Um génio é génio também porque recria e torna genial o que muitas vezes não o é. Foi o que aconteceu aqui há uns tempos com os norte-americanos Flaming Lips quando surpreenderam com uma versão de Can't get you out of my head de Kylie Minogue. Versão essa que, claro está, deixa a original a milhas e milhas (muitas mesmo) de distância (não se esperaria outra coisa de uma banda destas). Claro que se todas estas canções tivessem versões desta qualidade vivíamos num mundo bem melhor, sem guerras, sem fome, sem josé cid, sem armas de destruição massiça, sem roberto leal, etc... Pensem muito bem nisto.
Alexandre 23:21
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terça-feira, abril 27, 2004
Uma Batida, uma procura, a perfeição .... e muito samba.
Holla,
Hoje vou analisar uma procura, "A Procura da Batida Perfeita", uma obra prima de Marcelo D2, um dos reis do reino Hip-Hopiano do Brasil.
"Sorria (...) o samba não se acabou...", o Samba não se acabou de verdade, e não está para acabar, pelo menos enquanto D2 não mudar, este registro discografico como já se verificava noutros trabalhos de D2, como por exemplo, como membro dos Planet Hemp, uma sonoridade entre o Hip-Hop, Funk, Reggae, Samba e Rock´n´Roll é impossivél ficar estático com o som, "eu tou ligado na parada e sem crocodilada ...".
Passando por cada musica, começando pela segunda, não pela introdução .... D2 começa "À procura da batida perfeita" e avaliar pelo som bem podia ter ficado por essa faixa, um sample com guitarra, com muito samba, rimas boas como igualmente se verifica em "Vai vendo", "A Maldição do Samba" traz-nos uma historia de uma vida, ou de um ritmo, como não podia deixar de ser o "sagrado" samba.
Avançado mais um pouco para "Loadeando", um som em que D2 conta com o seu filho, pode notar-se que D2 já deixa testemunho para a descendência, a avaliar pela qualidade de rimas do filho de D2, não seria de espantar ter um D3, ou um D2 Jr. para daqui a alguns tempos, com mto talento ... o rei prepara o principe ...
De registro temos ainda "CB Sangue Bom" onde D2 conta com a participação de um Mc inglês e "Batucada", enfim grandes musicas de um grande Mc, que dispensa apresentações, pelo menos para os aficcionados do Hip-Hop ( de qualidade ) ....
No geral, um bom trabalho com bons instrumentais, boas rimas, bom Mc, em particular, uma das melhores obras do Hip-Hop, uma homenagem ao Samba, uma homenagem á musica ....
8/ 10
Anónimo 22:57
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segunda-feira, abril 26, 2004
Onde anda o Metal em terras Lusitanas ?
Bem, eu não sou daqueles metaleiros fanáticos, mas o Metal é uma das vertentes musical que mais me agrada como já disse antes, por isso, analisando o panorama desta vertente musical no mundo e vendo que muitas bandas de Nu-Metal hoje dominam o top de discos, mesmo o Português, uma pergunta surge na minha cabeça .... onde anda o Metal por terras Lusitanas ? - Sim onde anda ? Onde andam as bandas de Nu-Meta Portuguesas ?
Ou sou cego demais, ou não há uns Linkin Park em Portugal, ou uns Limp Bizkit, ou mesmo uns Slipknot ... ou pelo menos nunca conseguem a dimensão que eles conseguem ... e porque ? Ao fim ao cabo também cantam em inglês. Estava aqui a lembrar-me dos Anger, e alguns outros que ja ouvi muito graças a folhear algumas páginas da Loud de época em época ... ou grupos que não considero nem Metal nem Nu-Metal, como Fonzie ou Yellow W Van, ou mesmo Da Weasel. Porque é que entre estes grupos só Da Weasel se consegue afirmar com alguma força, e só assim sendo depois de vários albuns editados ? Será falta de promoção, falta de passagem nas rádios ? Onde estão os seguidores da velha máxima "o que é nacional é bom", ou será que o nacional não é bom mesmo ... ?
Agora falando mesmo em Metal ... quando penso num estilo mais pesado em Portugal, só um nome me vem á cabeça, Moonspell, eles sim já conseguiram um lugar no panorama internacional, ainda que um pouco fustigado ainda, e teem ao seu lado o factor discografia, que é bastante vasta e de qualidade. Moonspell e Alcateya, apesar destes ultimos ja não ver sombra deles.
Bem, depois de tanta interrogação a que nem sempre consigo responder (por isso a interrogo), chego a uma conclusão, Portugal não é um pais de (muitos) Metaleiros, e muito menos um país onde vá sair um fenomeno musical como Linkin Park, um grupo que expluda ao primeiro registo discografico, pelo menos ninguem parece acreditar em si neste país ...
Metal, "onde andas, eu ainda te procuro ...."
Despeço-me com um Hail ...
Anónimo 13:14
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domingo, abril 25, 2004
Olá,
Eu sou o Rui Alvez o novo comentador deste blog de iluminados, e a minha missão será martirizarvos com comentários de áreas musicais desde as mais urbanas até ás mais arcaicas.
Do Hip-Hop ao Metal mais obscuro, Alvez estará aqui, o ácido nocivo de pleia da indulgência.
Hazta ....
Tenham medo, muito medo ...
Anónimo 23:46
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terça-feira, abril 20, 2004
Estrabismo?? Acabei de ouvir a nova malha dos Repórter Estrábico I'm in love with the weather girl e, sinceramente, parece-me bem, mesmo muito bem...
Alexandre 23:26
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Para o infinito e mais além... Um lugarzinho onde possamos ser crianças faz sempre falta e até há quem pense que existe uma criancinha dentro de cada um de nós. Pois eu acho é que lá no fundo, por vezes, existe um adulto, outras vezes nem isso... Para comprovar esta teoria basta que se recordem das melodias do passado. Desde a idade da fralda à puberdade. Reparem que são aos milhares as músicas que vos sugerem desenhos animados, super-heróis, anúncios televisivos a cereais ou brinquedos. Vou relembrar apenas algumas que marcaram o meu percurso de criança até agora e que, se conseguir ser sempre um chavalo irritante, vão fazer sempre parte do meu imaginário. Ora aqui vai. Quem ainda hoje não se lembra e trauteia o tema dos Teletubbies? E a música do genérico do Dartacão? Ou então a da série Saber Riders ou Transformers? Mas há uma mítica. O tema dos desenhos animados Dragon Ball que tanto impacto tiveram em algumas gerações. Outras melodias que teimavam em não deixar os nossos sujos tímpanos de crianças são ainda a do anúncio do Kinder Surpresa, dos brinquedos MicroMachines, da série mais tenra Love Boat ou do Duarte e Cª e muitas, muitas mais que com algum (não muito) esforço me cairiam aos dedos e ouvidos... Depois deste regresso às origens (e espero que paguem a publicidade) deitem-se de costas em qualquer alcatifa poeirenta, pequem num punhado de Lego ou nuns carrinhos e regressem ao universo que porventura já deixaram para trás. Cantem estas músicas enquanto se lambuzam com chupa-chupas e chocolates e entrem nesta trip...
Alexandre 22:54
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segunda-feira, abril 19, 2004
Coming Back To You
Após umas merecidas e não menos aproveitadas férias, os vossos indulgentes favoritos (se ainda não o somos, andamos decerto lá perto) regressam à dura labuta de manter este blog arejado, limpo e desinfectado de qualquer vírus musical que por aí ande (sendo os Rasmus um dos mais recentes, mas também desses ja nos protegemos convenientemente). Sugestões são sempre aceites, críticas aussi, por isso não se acanhem em utilizar e abusar do nosso guestbook. Da minha parte só me resta desejar-vos um bom resto de ano, de preferência sempre na companhia de um belo som indulgente, à vossa escolha...
Anónimo 00:45
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quinta-feira, abril 08, 2004
O Verdadeiro Génio
Este preciso indulgente tem uma ideia, uma tese que defende com unhas e dentes: 99% da produção musical actual ou que remonte para um período posterior à década de 60, e que possua guitarra acústica e voz, é profundamente influenciada por um dos últimos e verdadeiros génios da Música: Nick Drake. Os outros 0,7% por outra coisa qualquer e os restantes 0,3% são meras impurezas. O que mais me dói na alma é saber o quão ignorado foi na altura em que ainda caminhava no meio de nós, ignorantes mortais (mas também Luís de Camões e todos os mestres dos Blues o foram), escrevendo do melhor da colheita musical da década de 60 e do século XX. Gravou somente três discos, Five Leaves Left, Bryter Layer e Pink Moon, mas deixou um delicioso legado, pilhado desavergonhadamente e desenfreadamente. Composições como Way To Blue, River Man e Time Has Told Me são exemplares na transposição de uma doce melancolia para o plano sonoro. Mas nem tudo era depressão em Nick Drake: Thoughts Of Mary Jane e grande parte do Bryter Layer (contaminado por mais pomposas instrumentalizações, com direito a saxofone e sensuais coros femininos) demonstram o fabuloso sentido melódico deste versátil Artista. Tudo na sua música era perfeito: melodias, arranjos, letras (avant-regarde para a época, em tons biográficos, estilhaços do quotidiano), voz, com um bizarro mas belíssimo e inconfundível timbre e o exímio domínio da guitarra acústica. Até composições suas foram utilizadas em reclames publicitários, como a Pink Moon, antitésica na dicotomia entre a letra ("None of you will stand so tall, Pink Moon is gonna get you all") e o falsamente belo ritmo, associada a uma campanha da Citroën. Morreu ainda jovem, devido a uma supostamente acidental overdose de anti-depressivos. Mas sem antes escrever o seu nome em sangue vivo nos anais da extensa História da Música. Rest in peace, Nick Drake. We all miss you...
Anónimo 00:23
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terça-feira, abril 06, 2004
Our name is 7... Zero 7
Permitam-me esclarecer desde já uma coisa: o dia de ontem ficará para sempre (enquanto durar o efeito, claro) gravado na memória deste indulgente. E que se terá passado, ferra-se o curioso leitor? Algo simples, muito simples... Mas que quando caiu em cima de mim, fez ricochete no meu âmago, inebriando-me os desprotegidos sentidos. Falo, claro, do Concerto dado pelos Zero 7 no Coliseu do Porto, há coisa de 24 horas. Iniciou-se com um certo período de atraso (bem preenchido por um DJ de, pasme-se!, bom gosto; Gotan Project, Jazzanova, Herbert e outros que tais não faltaram na ementa), que só serviu para fazer salivar mais a audiência. Entraram timidamente, como se necessitassem de licença para o fazer. Uns acordes de guitarra, uns teclados açucarados, e o concerto começara, com um intro bem interessante. Após este aperitivo, disparam logo um dos momentos da noite: Home, single d'apresentação do novo álbum da dupla When It Falls , bela canção folk - electrónica. Tina (recrutada para a gravação deste disco) a mostrar todos os seus abundantes dotes vocais. Lindo, lindo. Seguiram-se canções do novo álbum, superiormente interpretadas (com vocalistas do calibre apresentado, com destaque para Mozez, voz quente, autêntico soul brother). Mas o público só se rendeu completamente aquando de I Have Seen, das melhores canções do álbum de estreia dos Zero 7 e indubitavelmente dos melhores e mais arrepiantes momentos deste memorável serão. Logo seguido de um apanhado do melhor de Simple Things, como Everyday, Destiny e In The Waiting Line, cantados pelas duas vocalistas Sophia Barker e Sia Furler, com direito a coreografia ensaiada e tudo (dos momentos mais deliciosos) e entrecortados por alguns deveras interessantes intrumentais, a comprovar o virtuosismo não só dos encarregues das vocalizações, mas também dos responsáveis pelas intrumentalizações. Soul Brother aparece a anunciar o fim do concerto. Soltam-se exclamações de espanto, visto só se ter passado pouco mais de um hora. Despedem-se, mas a força do público, reflectido no poder das suas palmas e gargantas, é demasiada... Voltam para dois exemplares encores, iniciados com um instrumental a roçar no puro psicadelismo (mas os belos e inteligentes teclados resgatam-nos sempre para um mundo onírico) e finalizado com um dos momentos mais aguardados: Distractions, exemplar na sua falsa atmosfera melancólica, cartão de visita por excelência do concerto. Despedem-se pela última vez, desajeitados mas simpáticos. Balbuciam sobre a qualidade do nosso apoio, mas a nós só nos restou gritar agradecimentos pelo genial concerto com que nos brindaram... Voltem sempre, a gerência agradece. E vivam os Zero 7.
Anónimo 23:51
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sábado, abril 03, 2004
Expresso do Norte
Há já vastos anos que cheguei à conclusão que a melhor, mais original e estimulante que se tem produzido nos últimos anos, brota na sua esmagadora maioria fora do habitual eixo Londres-Washington. E só mais malta não se apercebe disso pelo triste e lamentável facto de os media (tanto os melhores amigos como os mais funestos inimigos da música actual) divulgarem as coisas erradas, mas com rótulo de sucesso estampado na testa. Por isso, com grande alívio vi a explosão moderada de mediatismo dos Divinais (em todos os aspectos) Sigur Rós e com grande agrado descobri uma banda e um artista noriuegueses responsáveis por belos momentos auditivos por mim passados. Escrevo-vos sobre os Kings Of Convenience e sobre um dos mais precoces génios que conheço, Sondre Lerche (com um delicioso novo álbum, Two Way Monologue já nos escaparates das lojas mais esclarecidas). Os primeiros são os autores de uma pequena e dolorosamente bela obra prima, Quiet Is The New Loud (injustamente ignorada) e de um genialíssimo álbum de remisturas de Canções (canções mesmo... daquelas que quase já não se fazem) do Quiet (...), gravadas por estandartes da música electrónica actual como Four Tet, Ladytron e Andy Votel. Músicas como I Don't Know What I Can Save You From, Toxic Girl, Weight Of My Words, Winning A Battle, Losing The War são felizes exemplos do melhor material gravado, e remisturado, dos últimos tempos. Indispensável.
Sondre Lerche possui o dom raro, que muitos invejam e poucos têm: o dom de produzir das mais viciantes músicas pop de que há memória, com inesquecíveis refrões a acompanhar. Os seus tenros 20 anos só são perceptíveis na sua jovial voz. De resto, letras, melodia, arranjos são um completo atestado de genuína competência e genialidade. Seria injusto nomear canções individualmente, pois todas são de um nível altíssimo e raro nível de qualidade, por isso deixo um único apelo: ouçam os dois discos do moçoilo, Faces Down e o já referido Two Way Monologue e deliciem-se, como eu, com exemplares compêndios do melhor que a música pop fez e ensinou desde que um dia tiveram a brilhante ideia de a conceber (provavelmente no tempo em que os animais falavam)
Anónimo 00:23
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sexta-feira, abril 02, 2004
Esmola? já agora deixem uma górgea na "caixinha para o efeito", que é mesmo que dizer deixem espalhados por aí os vossos comentários, porque embora ninguém nos ligue puto é sempre bom sabermos se continuamos nos trilhos da fortuna, fama, glória, dinheiro e essas cenas todas.
Mil obrigados
A gerência agradece...
Alexandre 00:47
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God save the Kings: é fácil notar o nosso crescimento exponencial... Sim, estou mesmo a falar do blog Indulgentes e não da nossa economia. Hoje, dia 2 de Abril comemoramos 2 meses ao serviço da paz, ordem, justiça e felicidade musicais, portanto comemorem comnosco e apanhem a moca da vossa vida enquanto "folheiam" os nossos posts.
Mil obrigados
A gerência agradece...
Alexandre 00:35
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Bora morrer todos?? ora bem, o Rock in Rio vai ser em Portugal certo? Pelos vistos há uma forte possibilidade de o senhor com cara de maluquinho e com um toalhete amarrado na cabeça, se dar ao trabalho de concretizar um ataque terrorista durante o mesmo, certo? O que significa que podemos morrer todos, certo? Ahhhhhhhhhhh!!!!!! mamã!! mamã!! acorda-me, acorda-me!!Ahhhhhh!!!
CALA-TE!! Andas-te a chutar?? O gajo pensa que o Rock in Rio é no Brasil, por isso tamos safos...
Bem, como qualquer pessoa minimamente acarinhada pelos dons da inteligência deve ter percebido, isto é a típica conversa de 2 putos que vão ver a Britney ou os Black Eyed, ao festival... Mas deixando os moços para os outros que muito gostam deles (isto não é o que parece, Bibi), vamos falar de música... Os indulgentes estão particularmente interessados em quatro nomes que vão actuar no rio: Peter Gabriel, Jet, Ben Harper e Kings of Leon (claro que há outros importantes Metallica, Incubus, etc...) e estamos mesmo a pensar enviar uma brochurazita convidativa para o monsieur Laden para que ele, quando a altura certa chegar, compareça, dê uns tiritos para o ar e fume umas ganzas já que era mesmo a única maneira de o pôr com um sorriso de orelha a orelha :) a dizer "Peace and Love to everyone! I love the Beatles! Love ya Lennon!! Mom I'm here!" O rock (não em rio douro mas perto do tejo) vai ser um sucesso. That the force be with you Laden, não vais estragar a festa (a não ser que roubes a cerveja...ups!)
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